Logo que a Scarpin me convidou para escrever neste blog, um dos temas que ela me propôs escrever foi saúde. Pensei comigo que não sei muito mais de saúde feminina do que qualquer outra mulher que faça uma visita regular ao ginecologista. Mas, voltei a me deparar com uma dúvida que tive uma vez, e achei que seria um bom tema para escrever aqui.
Há alguns anos atrás (quando a gente começa a usar esta expressão muitas vezes, denunciamos nossa idade), acompanhei na televisão, em um programa feminino, a discussão de dois ginecologistas a respeito da continuidade ou não da menstruação. São estudos sérios, mas cada um com resultados totalmente diferentes.
Na época, li muito a respeito e decidi continuar a menstruar por dois motivos: eu era uma wicca entusiasta e parar a menstruação era antinatural, era perder parte da minha feminilidade. O outro, ainda mais agravante é que emendar uma cartela de anticoncepcionais na outra ia me dar quilos a mais. Não, obrigada. Tirando uma irritaçãozinha ou outra, minha TPM nunca foi das piores e alguns meses eu nem lembro que ela existe. Hoje, que já mudei para o anticoncepcional injetável mensal, acho que já tenho uma postura diferente e estou pensando, sim, em parar de menstruar.
Quando fui pesquisar para escrever este post, vi que as polêmicas continuam as mesmas. Não achei nenhum site que defendesse que a mulher tem que menstruar, sim. Achei matérias que nos dão os prós e os contras. Mas uma das vantagens de ser uma mulher moderna é poder escolher. Abaixo, dois links. Um de uma matéria do jornal Correio do Brasil, com a a ginecologista Arícia Giribela, do Hospital das Clínicas de São Paulo, que achei que mostra mais os pontos negativos e o outro do médio Elsimar Coutinho, que foi quem começou toda esta polêmica e escreveu o livro “Menstruação - A Sangria Inútil” (Editora Gente).
Mas antes de se empolgarem com o fim da menstruação (e, conseqüentemente, TPM, dor de cabeça, inchaço, etc..), por favor, vão ao ginecologista. Não façam tudo na doida. Não deixe o google ser o seu médico. Internet é bom para a gente conhecer o problema, mas a solução, é bom deixar para quem estudou e trabalha com isto por toda uma vida.
Link para matéria com a ginecologista Arícia GiribelaLink para o site e entrevista com Elsimar Coutinho
Peep Toe
3 comentários:
Minha mãe não acha natural e nem eu. Mas vou te contar, tenho intermináveis e fodáticas (como diria mary jane) TPMs e cólicas. Nunca fui de tomar anti-concepcional (por opção) e das vezes que tomei não passaram de longos períodos como 3 meses (isso foram em épocas diferentes, 2x só). Mas decidi, no último mês de me dar o prazer de não sentir essas dores e sensações terríveis. Pelo menos por enquanto. Não penso até quando vou fazer isso, mas estou adorando não ter que usar "fraldas" e principalmente os abusos e irritações intermináveis. (pena, pois rendo muito nas escritas qnd com cólica e crio coragem pra muita coisa hehe)
Ontem quando fui com uma amiga ver a exposição do Rubens, estávamos falando sobre isso. Ela não acha legal, inclusive perguntou se minha médica sabia. O que é importantíssimo. Mas daí falei pra ela o mesmo que falei acima.
Enfim, vou ler os dois textos e volto para comentar. Sabe outro tópico bom, parto normal ou cesáreo?
Beijo Peep.
Mihas TPMs são caracterizadas por cólicas fortissimas alternadas por enxaquecas que me fazem querer morrer. Por essa razao decidi parar de menstruar... antes o fazia com pilulas mas hoje tomo o injetável de 3 am 3 meses, é muito prático. Me disseram que eu podia engorgar ou perder a libido. Mas até agora tem sido o inverso ihiihihihihihi
Nao me arrependo nao hein...
Não menstruar é muito legal....
;)
O segundo texto é muito bom e pra se pensar.
Outra coisa, pq nunca pensaram antes em ANTI-CONCEPCIONAL para HOMENS?!!? Genial a idéia! Assim eles criam também "responsabilidade" e dá importância... Cansei de ser mulher que tem que se preocupar com tudo!!!
Esse negoço de mestruar é infeliz mesmo, é natural, mas um saco. De qualquer forma a ciência está ai e pode ser usada sim ao nosso favor. Por isso digo sim a não menstruação.
Mas lembre-se, procure seu ginecologista antes.
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